Bom dia meus queridos!
Ontem, quarta-feira fiquei sem internet boa parte do dia. Quando saí da escola fui ao coinema com o maridão e não consegui escrever para vocês.
Sei que nossa coluna é na quarta-feira, mas hoje vai valer a pena.
Quem está em Uberaba,. sabe que aqui quase nunca faz frio e quando a temperatura cai um pouco é hora de aproveitar e tirar os casacos, cachecóis e botas do armário e colocá-los na rua.
Aí fiquei aqui pensando e resolvi escrever um pouco cobre os vinhos italianos. Estamos muito acostumados a beber vinho de uvas como Cabernet, Merlot, Malbec. Mas não falamos de Primitivo di Manduria, Nebbiolo, Corvina, Sangiovese e por aí vai. A Itália tem uma infinidade de uvas.
Pesquisando e lendo um milhão de coisas sobre os vinhos e uvas italianas, gostei muito do que encontrei no site: http://www.mercadogastronomico.com.br/carta-de-bebidas/adega/10583--uvas-italianasum-prato-cheio.html e resolvi compartilhar com vocês!
"A Itália era chamada na antiguidade de Enótria (terra do vinho). Todas as suas regiões têm produção de vinho de qualidade e as técnicas de vinificação desenvolvidas em seu território pelos etruscos e gregos foram posteriormente disseminadas na Europa pelo Império Romano. Estas condições especiais vêm do terroir (combinação de clima e solo) adequado e de variedades viníferas bem adaptadas ao terroir, além da mão criadora do homem. Muitas destas espécies se perderam na história, outras se modificaram ao longo do tempo, outras se espalharam por diversos países, com diferentes nomes.
O fato é que a Itália figura como um dos países mais ricos do mundo em diversidade de uvas viníferas e de terroirs distintos, por sua extensão norte-sul e multiplicidade de relevos e solos. Daí tanta variedade de vinhos italianos. Publicações especializadas dão conta de pelo menos 580 uvas viníferas autóctones. Vejamos um resumo das principais uvas, protagonistas dos vinhos produzidos nas 20 regiões italianas. Uvas brancas são indicadas com (b). Por limitação de espaço, algumas uvas encontram-se descritas apenas no site www.mercadogastronômico.com.br.
NOROESTE (Piemonte, Lombardia, Liguria e Vale d'Aosta)
Nebbiolo – estrela única a brilhar nos Barolos e Barbarescos, é uma uva de maturação tardia e cheia de personalidade, gerando vinhos longevos, de grande estrutura e complexidade. Fiel ao território piemontês, tem muita dificuldade em ser cultivada em outras regiões, desafiando as várias tentativas da América.
Barbera – grande expressão do Piemonte, a Barbera é uma uva de alta acidez e baixa tanicidade, que gerava vinhos leves e simples, até que alguns vinicultores de primeira linha, como Braida e Luigi Coppo, revolucionaram o estilo dos vinhos da região. Reduziram sua produtividade, obtendo maior concentração, e passaram a utilizar barricas, produzindo os chamados "Barberas barricados". Está presente em inúmeras DOCs (Denominação de Origem Controlada) do Piemonte, mas também é muito comum na Lombardia e em várias outras regiões do país. É a uva italiana mais cultivada fora da Europa.
Dolcetto; Bonarda; Moscato Bianco(b)
NORDESTE (Vêneto, Trentino-Alto Ádige, Friuli-Venezia Giulia)
Corvina – é a grande uva tinta do Vêneto, responsável pelos Amarones e Valpolicellas em geral, coadjuvada pela Rondinella e Molinara. No caso do Amarone e do Reciotto della Valpolicella, as uvas são deixadas a secar em local com ventilação, por três meses, aumentando a concentração de açúcares. O Recioto não fermenta todo o açúcar em álcool, tornando-se um delicioso vinho de sobremesa tinto.
Garganega(b) – alma da DOC Soave, vinho (seco) de maior produção na Itália, em corte com a Trebbiano di Soave. Mais qualidade, porém, é encontrada nas DOCG (Denominação de Origem Controlada e Garantida) Soave Classico e Recioto del Soave, este último um delicioso vinho de sobremesa que utiliza uvas passificadas.
Prosecco(b) – origina o famoso espumante do Vêneto, na área de Conegliano-Valdobbiadene, leve, com toques florais e frutados, tão apreciado no Brasil. Menos conhecida aqui é a versão de vinho branco seco feita com a mesma uva.
Refosco; Teroldego; Pinot Bianco(b); Pinot Grigio(b)
CENTRO-OESTE (Toscana, Úmbria e Lazio)
Sangiovese – é a uva mais cultivada na Itália, sobretudo na parte central do país. Uma das uvas mais prestigiosas do mundo, atinge seu auge na Toscana, onde é predominante nas DOCG Vino Nobile di Montepulciano, Brunello di Montalcino(exclusivamente Brunello, como é lá designada), Chianti Classico, Chianti e Carmignano, além de estar presente em diferentes proporções em DOCs e vinhos super-toscanos. Quase todas as regiões da Itália usufruem de alguma maneira desta excepcional casta. Tem vários sinônimos, como Brunello e Prugnolo Gentile.
Trebbiano(b) – uma das uvas mais disseminadas da Itália, assumindo diferentes nomes, dá origem, em corte com outras uvas, a uma infinidade de vinhos secos e doces em diversas regiões, como Orvieto, Frascatti, Vin Santo del Chianti e Vin Santo di Montepulciano. Pode participar também, em pequenas proporções, na elaboração de vinhos tintos, como o Chianti, Carmignano e Aglianico del Taburno.
Malvasia(b) – uva aromática, com diferentes variações. Se agrupadas, representam uma das mais cultivadas na Itália. Participam de muitos vinhos italianos, muitas vezes em corte com a Trebbiano.
Vernaccia di San Gimignano(b); Grechetto(b)
CENTRO-LESTE (Emilia Romagna, Marche, Abruzzo e Molise)
Montepulciano – uva muito conhecida em Abruzzo, por ser a protagonista dos vinhos Montepulciano d'Abruzzo e Montepulciano d'Abruzzo Coline Terramane. São vinhos frutados, de corpo leve ou médio. É uma uva também presente em outras regiões da costa adriática. Pode ser vinificado também em rosé.
Lambrusco – é uma família de diversos varietais da Emilia Romagna, que estão presentes nas variações dos vinhos frisantes Lambrusco, na província de Modena, e nos vinhos Reggiano, na província de Reggio Emilia. O Lambrusco era totalmente artesanal até a década de 1960, com uma segunda fermentação na garrafa para gerar o gás retido. A partir dos anos 1970's, industrializou-se e passou a ser refermentado em autoclaves sob pressão.
Verdicchio(b)
SUL (Campania, Puglia, Basilicata e Calabria)
Aglianico – é a grande uva do sul da Itália e principal componente da DOCG Taurasi, mais prestigioso vinho da Campania, com alto grau de fineza e grande potencial de guarda. Está presente também em outras denominações menos majestosas, como a Aglianico del Taburno, Irpinia, Aglianico del Vulture (Basilicata), Biferno (Molise), etc. Crê-se que era a casta do Falerno, antigo vinho muito famoso produzido pelos romanos. Introduzida na Itália pelos gregos, seu nome deriva de Ellenico, que significa grego.
Primitivo – importante uva da Puglia, especialmente na região de Manduria, com casca espessa, gerando vinhos encorpados, de elevado grau alcoólico, muito macios, com média acidez e muita fruta em geléia. A partir dos anos 1980's, foi reconhecida pelos italianos e americanos como sendo a mesma uva Zinfandel, emblemática da Califórnia, e ambas são originárias do Leste Europeu.
Negroamaro – é a uva mais importante da Puglia, provavelmente introduzida pelos gregos. Produz um vinho com boa estrutura e potencial de envelhecimento.
Uva di Troia; Greco(b); Fiano(b)
ILHAS (Sicilia e Sardegna)
Nero d'Avola – é mais difundida na Sicilia, sendo uma de suas melhores uvas tintas, de grande expressão e complexidade. É cultivada também na Calábria e, esporadicamente, na Sardenha. É chamada também de Calabrese. Participa de várias denominações importantes sicilianas, como Cerasuolo di Vitoria (única DOCG da ilha), Alcamo, Contessa Entellina, Eloro, Marsala (tinto), Menfi, Monreale, etc.
Nerello Mascalese – é a grande uva da região siciliana do Etna, onde, em solo vulcânico, gera vinhos que são frequentemente comparados aos Borgonhas tintos, com muita elegância e grande sensibilidade ao terroir, expressando com facilidade pequenas mudanças de clima ou solo. A Nerello Mascalese é a uva principal e a Nerello Cappuccio é a coadjuvante. Mais ao norte, em Messina, é a base da DOC Faro. Participa também do vinho fortificado Marsala tinto.
Grillo(b) – é a uva principal do Marsala branco e é utilizada também para elaboração de Vermute. O vinho não fortificado Grillo varietal tem acidez elevada, que o faz suportar bem o afinamento em madeira.
Zibibbo(b) – denominação local da uva Moscato di Alessandria, presente em vinhos do sul da França e também em Portugal, no famoso Moscatel de Setúbal. Tem bagas maiores que a Moscato Bianco. Sua grande expressão é na ilha de Pantelleria, entre a Sicilia e a África, originando os deliciosos Passito di Pantelleria (com Zibibbo passificada) e Moscato di Pantelleria".
Vinhos italianos
Ligia Del Nery
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quinta-feira, 9 de maio de 2013
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Nutricionista Izabelle Mesquita
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