Vinho Bouchonée - você sabe o que é isso?

Bom dia meus amores!

A semana está começando um pouco mais tarde pra mim mas o que não falta é informação e dica para compartilhar com vocês.
Semana passada recebendo alguns amigos abrimos uma garrafa de vinho e ignorantes como somos achamos que o vinho estava vinagrado.
Descobri que estava um pouco pior. A equipe especializada do Armazém Mais Brasil - Fernando e Andressa me ensinaram sobre o vinho bouchonée - é um vinho morto, amargoso. É mais fácil vinagrar que morrer, afinal vinho é um produto vivo.

Fomos buscar uma informação mais específica e técnica para passar para vocês.
Dêem uma olhada nisso:

"Vinho Bouchonée:
Às vezes acontece. Você retira a rolha com toda cerimônia, anuncia predicados especiais daquele vinho, comenta as pontuações da safra e cria à sua volta uma expectativa positiva. Mas na primeira cafungada vem o estranhamento. O desastre se anuncia. A boca confirma o veredicto: o vinho está com defeito, ou como se diz no jargão do meio, está bouchonée. E vai piorando com o tempo na taça. É o vinho Tiririca, na sua real acepção. Pior que está, fica.
Bouchon significa rolha em francês, daí vem o nome. Bouchonée, portanto, é um vinho que foi infectado por fungos que atacam a rolha de cortiça e que contaminam a bebida. No popular é um vinho com cheiro ruim e gosto intragável.
Um vinho bouchonée, ou rolhado na tradução literal, só é identificado depois de aberto. Ao contrário do que se espera dos bons tintos e brancos, a bebida não melhora na taça. Piora. E atinge com velocidade a sua decrepitude. Trata-se de um vinho que tem um forte cheiro de pano sujo molhado ou pelo de animal na mesma situação. O que, convenhamos, está longe de ser um buquê desejável. O aroma é fácil de reconhecer quando está muito evidente, mas gera uma certa controvérsia em seus estágios iniciais. Na boca, o vinho perde o sabor da fruta, vai morrendo na taça e desenvolve sabores que vão do mofado ao avinagrado.
Não é todo mundo que sabe reconhecer um vinho com defeito – principalmente quando não é tão evidente assim. Os especialistas têm uma espécie de frenesi quando deparam com uma garrafa destas. Trocam impressões, geram discussões, parece que estão avaliando a opção sexual do vinho: será que é ou não é? O tempo, sempre, é o senhor da razão. Na dúvida, deixe o vinho na taça e se o cheiro e o gosto de mofo aumentar, não há dúvida: é! Mas é pra lá de comum o consumidor nem notar o defeito – ou por que não conhece o vinho ou por que não reconhece o problema – e manda para dentro mesmo assim.
Estudos realizados por algumas revistas especializadas ou mesmo enólogos com longo tempo de estrada, como o francês Michel Rolland, indicam que uma média de 6% das garrafas produzidas apresentam este problema. Em cada megadegustação da revista inglesa Decanter, por exemplo, de 10.000 garrafas abertas espera-se que 5 a 6% estejam afetadas com o problema da rolha. Os produtores de rolha, claro, estimam que não passa de 1% das garrafas. Pensa bem, seria algo como dizer que 6% das telas onde você está lendo este texto não funcionassem ao serem ligadas a primeira vez. É um problema que a indústria do vinho enfrenta de várias maneiras – a troca da rolha de cortiça por modelos sintéticos, de rosca, ou mesmo de vidro é uma delas. Uma higiene mais cuidadosa das adegas é outra. Mas o glamour da cortiça, pelo menos por enquanto, carrega o risco da contaminação.
E se for servido um vinho bouchonée em um restaurante?
Esta é um das raras ocasiões em que não existe discussão. Todo restaurante com um serviço decente de vinho troca sua garrafa sem titubear. Um sommelier bem preparado sabe identificar um vinho com problemas. Claro, existem sensibilidades diferentes para detectar ou não níveis de contaminação do vinho. Mas o vinho com defeito evidente tem de ser trocado pelo estabelecimento. Pode reclamar. Este Tiririca, pelo menos, você não vai ter de engolir! Mas não vale trocar a garrafa por que não gostou da bebida.
Faz mal?
O vinho bouchonée não prejudica a saúde. Não há componentes nocivos ou que tragam más recordações nas horas seguintes a quem consumi-lo. Ele faz mal ao paladar, ao bom gosto e ao bolso mesmo. E dá uma raiva danada quando a garrafa é filho único, o vinho era muito aguardado ou era a última bolacha do pacote. Você abre a garrafa e está bouchonée"

 

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