Diário da Lili - Cap 8 - O Medo

Oi gente!
Estamos na reta final para a cirurgia.
Além da cirurgia bariátrica devido o excesso de peso, descobrimos coma  endoscopia uma esofagite grau B, gastrite e Bactéria.
Estou me preparando com medicação forte para a próxima semana.
Além disso, a minha linda nutricionista Danielly, já reduziu minhas porções pela metade.
O que já está fora da dieta: bebidas gaseificadas, bebidas alcoólicas, frituras, chocolates. Como já venho fazendo um trabalho de reeducação alimentar não tem sido muito difícil essa parte.
Preciso ainda é aprender a mastigar melhor. Esse vai ser o maior exercício da semana. Comer devagar, mastigar bem, me dedicar a esse momento como me dedico aos outros. Nada de pressa e correria. Só de escrever já me deu "cafubira". Ah! E preciso me alimentar de 2h em 2h rigorosamente.

Nesses últimas dias tenho encontrado muito um sentimento que não gosto de sentir: O MEDO
Trabalhei muito essa questão na Terapia e venho reconhecendo os medos saudáveis. Medo é sinal de sobrevivência. É ele que nos deixa alerta. Ele nos permite planejar melhor as nossa ações.

Quando crianças falamos mais e demonstramos mais os nossos medos. Aí um adulto que está por perto diz "Pra que sentir medo? Deixa de ser boba! Menina bonita não sente medo! Você é tão inteligente está com medo de quê? E vamos devagar reprimindo nosso instinto de sobrevivência.
Quando adolescentes dizemos não sentir medo ou manifestamos medo de coisas ou animais nojentos e peçonhentos. Ficamos super corajosos. Talvez seja por isso que fazemos as maiores besteiras. Chegamos ao ponto de infringir regras e leis, começamos a beber cedo demais, usar drogas, dirigir alcoolizado, fazer sexo sem camisinha, entre outras tantas coisas. Afinal, pra que medo? Essas coisas só acontecem com os outros, os otários, os medrosos, nunca comigo.
Aí crescemos, amadurecemos, ficamos adultos! E descobrimos que precisamos resgatar nossa criança e equilibrar nossa coragem com nosso medo. Muitas pessoas dependem de nós. Nossa saúde precisa de cuidados. Temos medo da morte. Da doença. Preocupamos com nossos filhos. Temos medo de faltar e o que será deles? Medo de perder o emprego. Medo de não dar conta! Quantos medos! E muitos de nós tentamos camuflar o medo, enganar a nós mesmos.

Em sala de aula, falo muito sobre o autoconhecimento. Dou aula para crianças e adolescentes e desde muito novos eles são estimulados a se conhecer. A entrar em contato com alegrias e tristezas, a assumir responsabilidades e assumir seus medos. O que faço com eles em sala de aula tem sido um grande aprendizado para mim e me fez me conhecer ainda mais. Foi por causa deles que voltei para a terapia, para me conhecer melhor e poder ajudá-los cada vez mais. Foi por eles que resolvi reeducar minha alimentação, emagrecer. Assim poderei usar mais atividades lúdicas e de consciência corporal. Nossa vida é um eterno aprendizado e agradeço a Deus todos os dias por ter a oportunidade de ser professora. Acredito que aprendo muito mais que eles. Fico cada dia mais consciente. E sinto medo! Quando assumi que também sentia medo ficou mais fácil descobrir como equilibrá-lo.

Muita gente se acomoda e fica sempre na zona de conforto por causa do medo. A mudança provoca esse sentimento. Mas somos seres mutáveis e de uma capacidade de adaptação impressionante. Então tente, se conheça e reconheça. Aceite seus medos. MUDE! Somos todos capazes de mudar e melhorar!







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