Diário da Lili - Cap 14 - Indignação faz parte

Olá leitores e leitoras,

hoje meu texto é triste, mas vale a reflexão!
Sei que posso muito e sou capaz de realizar tudo que sonhar. As transformações dependem de mim. Da minha vontade, muitas vezes da minha necessidade, da minha inteligência, da minha capacidade de adaptação, dos meus estudos, conhecimentos e experiências.
Mas o que eu não posso mudar é a falta de cuidado e de comunicação do outro.
Sou do tipo de pessoa, que ainda me preocupo com a  opinião alheia. Não por vaidade, mas para saber se as coisas estão bem. Se elas estão sendo bem atendidas, se estão felizes.
Eu exerço vários papeis e muitos deles remunerados como ser professora, palestrante e consultora.
Mas também escrevo, escrevo muito, gosto de me comunicar com as pessoas através das palavras, gosto de imaginar a carinha de cada um que lê as coisas que escrevo, gosto de pensar que posso influenciar e quem sabe até melhorar a vida de pessoas que nem conheço. Isso me faz feliz. E não ganho pra isso.
Hoje, fiquei indignada quando ouvi que "em um mundo capitalista como o nosso ainda tem gente que trabalha de graça" (não com essas palavras aí, mas com um tom de maldade. isso eu senti) e colocando em dúvida essa minha escolha. Ganhar dinheiro é bom, paga as contas e alguns sonhos. Afinal, só o dinheiro pode pagar a internet e o computador que eu uso para poder levar as minhas palavras e os meus sentimentos para cada um de vocês. Mas, o ato de escrever, de compartilhar meus sentimentos , experiências e receitas é gratuito. Não escrevo por obrigação, e sim, só quando há inspiração.
Muitas vezes, o espaço que os veículos cedem para mim, são vendidos para empresas que querem divulgar seus produtos e serviços. E aí como eu costumo fazer, cedo o meu espaço para o veículo vender ao cliente. E não ganho nada. A coluna continua sendo minha, o cliente escolhe muitas vezes a minha coluna, porque sabe que as pessoas leem; mas o texto não é meu. E sempre que o autor aparece ou que as fontes são citadas, os créditos são dados. Não por dinheiro, mas por direito.
Acredito que o mundo está do jeito que está em grande parte, por causa de pessoas que agem só pelo dinheiro. Acreditam que por ele, vale tudo.
Sou idealista, sim! Sofro muito, sim! Fico indignada, sim! Ainda sou do tipo de pessoa que acredita no olho no olho e na conversa aberta e franca. Que palavra dada é palavra cumprida. Gosto muito de falar com pessoas, de ver pessoas, de abraçar pessoas, se for o caso, de discutir com pessoas, mas frente a frente.
A tecnologia nos afasta da realidade, das batalhas diárias. O número de habitantes no planeta Terra, aumenta todo dia significativamente, e as pessoas estão cada vez mais depressivas, carentes e pobres de espírito.
Nostálgica, velha, antiga, ultrapassada, esses são alguns adjetivos que penso sobre mim hoje. Mas eu ainda quero visitar meus amigos, ir na festa de aniversário de 1 ano do filho, receber abraços calorosos no dia do meu aniversário e não só milhares de mensagens pelas redes sociais.
Não reclamo das redes sociais, afinal é através delas que vocês leem o que escrevo, mas leem também pelo Jornal e Revista impressos. Com menos frequencia, mas leem.
Vamos promover mais encontros humanos, mais verdade, mais calor humano, mais gentileza. Muitos problemas, rusgas e desentendimentos podem ser evitados se sairmos da zona de conforto e enfrentarmos aquilo que nos incomoda. Não precisamos brigar, bater e agredir; mas podemos conversar, pensar, analisar e resolver. Não precisamos e nem conseguimos gostar de todo mundo, mas RESPEITO isso sim deve estar presente em todos os momentos.



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